domingo, 20 de setembro de 2015

Carta 1 - O Mago

"Sê em tuas obras como és em teus pensamentos". Sê para ti teu próprio pai, pois não haverá outro que possa te compreender melhor. Faze por ti o que ninguém faria, pois não há quem o veja como és. Sê uno contigo mesmo, pois tudo que dás é teu e o que recebes também é. Entre a palavra e o silêncio, silencia. Entre fazer e não fazer, espera. A pausa entre as ações te dará a dimensão dos teus atos. Toma o tempo como teu aliado, não teu inimigo. Um dia, ele desaparecerá e não te ocupará mais. Entre os homens, sê como eles. Entre os animais, também. A natureza quer apenas que compreendas o que é dito sem dizer. És a síntese de ti mesmo. Tudo que caminhaste até aqui. Essa energia não se perde. Teus atos permanecem contigo muito depois de partir. És princípio e o fim unificados. Assim como te foram dados os instrumentos para o teu trabalho, concede o fruto do teu labor. Sabes apenas o que precisas saber a cada momento. E, até que termines, terás recomeçado mil vezes. Decifrarás os mistérios, só para ocultá-los de novo, como uma flor que se abre e se fecha infinitamente.
1/11/2015 - 1h36

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