domingo, 8 de março de 2015

Carta 14 A Temperança

Qual paisagem que emerge e deixa seus contornos, avisto a margem que brota de uma visão esmaecida, manhã que renasce de uma longa noite. Sem crepúsculo ou aurora, restam navios à deriva, naus imbricadas, ninfas em véus de água. Retorna o pássaro de uma longa distância, trazendo no bico um ramo de oliva. Caem as sementes no solo à beira da fonte e nascem flores mais belas que as de antes. São brotos de nova beleza, desenhados pela luz da lua que passeia livre por um céu sem nuvens.

2/03/2015 - 3h15


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